quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

Assinatura do Tratado de Lisboa oferece "rebuçados"

O Tratado de Lisboa foi assinado hoje e para comemorar a data o Governo ofereceu neste dia as viagens nos transportes públicos da Carris (equivalente lisboeta dos STCP) como também a entrada em todos os museus da capital...pelos visto o museu de Arte Antiga (Rossio) encheu. Bom induzindo, concluí-se que esta cínica e hipócrita medida de comemoração encerra em si a velha técnica do "rebuçadinho" tão pateticamente tradicional que já não convence as "crianças"...mesmo se elas estendem as mãos.

sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Terrorismo Verbal impossivel de classificar sem uso da metáfora

As enciclopédias bolorentas afinal também falam num canal para as massas populares ou terá sido a entrevista exclusiva do Vasco Pulido Valente no dia 27 de Novembro na RTP1 um exemplo do melhor serviço público prestado ...ah mas afinal pensando num raciocinio análogo e contínuo a la VPV, poderiamos adiantar a hipótese de que se houve BBC sem RTP esta ultima já não existiria sem a primeira o que me leva a deduzir que o Sr. está a ficar senil e que ele próprio já presta a sua presença nas "cópias" porque as confunde com as "originais". Também resta outra hipótese, esta mais plausivel : a de que o Sr. é ele próprio um anacronismo mui sui generis. E agora deixem-me tirar o proveito da fama atribuida a todo a portugues na dita entrevista e assumir a minha falta de originalidade citando aqui um francês de nome Pierre Bourdieu: " Se o mundo me é insuportável é porque me indigna" P.S a tradução também não é original, afinal os dicionários existem e ...credo senhor, vendem-se em supermercados também! Com nosso Portugal assim invadido de cultura massificada mais vale ir pelo Tejo abaixo...AH, Senhoras e Senhores, cuidado porque o Tejo alcança o Atlântico, e lá se vai a possibilidade da pureza Lusa ou de qualquer outra coisa puramente portuguesa. Pessoal este post não tem muito sentido mas acreditem que é uma tradução metaforizada do conteúdo da entrevista para aqui manter um certo tom de humor e evitar as lágrimas. Se parte da massa da intelligentsia portuguesa é esta no século XXI então vou pensar numa maneira de rumar via norte porque não estou a ver o casco com possibilidades de restauro.

domingo, 18 de novembro de 2007

Que fazer com os corpos mortos?!

Mudança de atitudes perante a morte parece ser traduzida pela opção crescente dos portugueses pela cremação, os números publicados hoje no Público salientam que num espaço temporal de 10 anos (1997/2007), os números de cremados em Lisboa quadruplicou, passando de 9% aos 40 % nessa região, ou seja 4 em cada 10 defuntos são cremados. No Porto a taxa desce para metade, a cremação representa 20% dos funerais, registando-se crescentes subidas de ano para ano. No Alentejo esse o número de incinerados apesar de mais baixo, revela a mesma tendência crescente: em 2001 registaram-se 48 cremações passando para 134 no ano seguinte e aumentando até aos 235 no ano corrente. E para tal aumento o Público anunciou que já está prevista a abertura de mais 3 fornos crematórios em todo o país, na Figueira da Foz, em S. João da Madeira acrescentando-se outro aos já existentes em Lisboa também. A esta mudança de atitudes Donizete Rodrigues (professor de Antropologia da Beira Interior) responde que: “A industrialização, a urbanização e a racionalidade, como consequências da modernidade, provocam o banimento e a recusa da morte. O objectivo é, com o desenvolvimento da ciência, prolongar a vida e adiar a morte” resultando isto num “esvaziamento do lado dramático da morte”, é também neste contexto que “o corpo como suporte da alma deixa de ter importância”, para passar a ser olhado apenas como “matéria em decomposição”. “O importante passa a ser a alma, que se desprende do corpo no momento da morte”. O Antropólogo refere em conclusão que porque Portugal está numa fase de "modernidade tardia" - e, todos sabemos em acentuado atraso comparativamente aos países do centro onde a racionalização da morte pela prática da incineração dos cadáveres sempre esteve bastante presente com particular incidência nos países protestantes - e entre nós, marcados fortemente pela historicidade do catolicismo, estas práticas apresentam novidade porque se correlacionam com novas apreciações e percepções decorrentes de mudanças mais vastas em que penso poder arriscar aqui um item explicativo a titulo de denominador comum: a desumanização do corpo pela técnica médica e pela ciência em geral. Pessoalmente sinto uma certa angústia com a ideia da cremação mas uma dor ainda mais forte com a imagem de um corpo em decomposição, subterrado, comprimido e asfixiado entre quatro tábuas de um caixão também ele sujeito às leis da putrefacção, um corpo vulnerável ao frio e à humidade das chuvas invernosas. Sim, não suporto cemitérios porque é isto que eles me transmitem . Claro que os "pragmáticos" me dirão : Ah, mas um corpo morto não sente! Pragmaticamente respondo: Provavelmente não, mas antes de um corpo morto houve um corpo vivo e é essa ideia que merece ser preservada. Não quero com isto dizer que subscrevo a suspensão criogénica porque também me aflige a ideia de um corpo submerso a mais de 200º negativos em nitrogénio líquido, sou muito céptica também face aos usos que a ciência e o mercado fazem do sonho humano - e legítimo - da imortalidade....mas agrada-me a ideia de um corpo tela, pintado, ornamentado ao gosto dos entes queridos numa invocação às memórias do que foi e é a Vida e, depois preservado recorrendo às antigas técnicas das civilizações antigas. A este propósito aconselho o "Pillow Book" do Peter Greenaway - cineasta que se aproxima muito desta minha ideia de manter a memória (neste filme, em particular) pela estetização da morte. É claro que depois me diriam...e o luto não se tornaria assim irresolúvel?! ...não sei, mas pelo menos uma certa paz aconteceria. P.S para quem se interessar por esta questão tão fortemente enraizada e projectada pelo imaginário humano aconselho um livro do Edgar Morin , um olhar mais que antropológico sobre a morte "O Homem e a Morte".

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

O (Micro)Real

Sempre que a Razão embate e se ofusca com a multidimensionalidade do real social e nesta presinto o risco da diluição , socorro-me recorrentemente a aconchegos que me ancoram para a sua unicidade e indivisibilidade... e nisto sublinho o interaccionismo simbólico. As seguintes palavras são uma alegoria às suas metáforas simbolicamente codificadas sob uma linguagem social/sociológica, relembrando que aqui está a unidade mínima da realidade...
...."A Diminuta Flor da Candeia O Pão na Mesa O Vinho A Rosa A Súbita Brancura da Cama Aberta A Eternidade Milimetricamente a dividir Contigo."
Eugénio de Andrade (num elogio a esta imagem do MicroReal)

domingo, 7 de outubro de 2007

In Memoriam...

...quando o mundo se vê e representa livre por espelhos foscos, acontece por vezes que o vidro estilhace!

sábado, 6 de outubro de 2007

Paulo e Leonor de mãos à Obra

Malgré Nous, Nous Étions Lá...eis o nome da performance apresentada ontem pela companhia Paulo Ribeiro no TNSJ, numa mostra com apenas 2 espectáculos marcados nesta casa (esta noite será a última). Tinha o acto marcado na minha agenda já desde o passado dia 13 de Julho e não posso deixar de comentar o que foi a experiência de ver um casal de interpretes/coreógrafos no palco, que afinal se projectou na árdua tarefa de retratar os meandros da sua relação de 12 anos...projecto que segundo a Leonor "oscilou sempre entre a perfeição e o desastre (...) o desastre - sempre esteve iminente - o desastre era não fazer, e isso esteve sempre para acontecer". Ela fala de despudor. Eu acrescentaria, dando voz ao meu papel de espectadora: generosidade. Contradições?!Ela diz que sim tal e qual ao reflexo de ambos. Apoio, provocação, equilíbrio, desequilíbrio...está aqui o quarteto de "conceitos" que em dialéctica, dão forma aos momentos da coreografia. Em primeiro o uso conjunto do chão, o comprimento em profundidade do apoio. Segundo, a verticalidade dos corpos, a individualidade em duelo projectada na provocação mútua (cheia de humor, claro)...altura. O equilíbrio, pelos movimentos ora em dueto ora em plena demonstração orgânica a solo (gostei particularmente da decomposição geométrica dos movimentos da Leonor que revelam a sua grande capacidade técnica). Desequilíbrio....uma caixa de música, Leonor tem os pés pousados em cima de um livro bastante maçudo. Sentada olha para o Paulo. Deitado, de cara contra o chão, bate com as palmas neste...procura abrir portas. Reflexão intensa. Retoma a postura vertical da invertida (óptima para quem muito, digamos que o Yoga defende as suas virtudes no processo do brain refreshment :). Voltamos ao inicio do ciclo, afinal não há síntese que não se sujeite ao principio da dialéctica. Outro ponto a acrescentar (aqui), os outros ficam nos meus apontamentos extra-bloguísticos, tanto o Paulo como a Leonor tiveram esta incrível vontade (que não existe sem necessidade) e capacidade de se revelarem intimamente - diante do outro também - à qual de igual modo conjugaram uma assumida e diga-se franca, honestidade, para desconstruirem um pouco os fundamentos da, tantas vezes, asfixiante "artilharia" teórica que acompanha (como pretensão de legitimação?!) os trabalhos dos criadores. Ah, gostei de encontrar o Tiago e respectiva cara metade...bem vindo sejas à sociologia :)

Regresso à casa rosa

Retomo a actividade após um breve e abrupto esquecimento da blogosfera, prefiro o compromisso com as virtualidades da realidade àquelas por vezes impostas pela blogosfera...enfim também penso que o meu "público" é apenas um leque reduzido de curiosos que, se bem atentos, até se habituaram já às pausas.Para ser sincera, tenho um certo pavor a um tipo de continuidade que se condensa apenas no fechamento do acto de "fazer por fazer" e tampouco me agrada a superficialidade embora admito-a como sendo funcional, claro. Apenas isso.O compromisso? Construir este pequeno lugar ao meu ritmo, logo ele tomará esta ou aquela forma. Não me esqueci das imagens que recebi para ilustrar o último post, elas estão guardadas...mas foi mais um acto de provocação :p para espicaçar a imaginação alheia!o "jogo" diz que tinta e papel é... areia :).

domingo, 17 de junho de 2007

Duas linguagens = 1 (meta)mensagem

Este "jogo" foi me enviado pelo meu melhor amigo. Partilho-o aqui com tod@s e reitero o que ele disse: o cérebro é deveras fantástico. Ando à procura de uma imagem para ilustrar este post...aguardo sugestões da vossa parte. Beijos

3M D14 D3 V3R40, 3574V4 N4 PR414, 0853RV4ND0 DU45 CR14NC45 8R1NC4ND0 N4 4R314. 3L45 7R484LH4V4M MU170 C0N57RU1ND0 UM C4573L0 D3 4R314, C0M 70RR35, P4554R3L45 3 P4554G3NS 1N73RN45. QU4ND0 3575V4M QU453 4C484ND0, V310 UM4 0ND4 3 D357RU1U 7UD0, R3DU21ND0 0 C4573L0 4 UM M0N73 D3 4R314 3 35PUM4. 4CH31 QU3, D3P015 D3 74N70 35F0RC0 3 CU1D4D0, 45 CR14NC45 C41R14M N0 CH0R0, C0RR3R4M P3L4 PR414, FUG1ND0 D4 4GU4, R1ND0 D3 M405 D4D45 3 C0M3C4R4M 4 C0N57RU1R 0U7R0 C4573L0. C0MPR33ND1 QU3 H4V14 4PR3ND1D0 UM4 GR4ND3 L1C40; G4574M05 MU170 73MP0 D4 N0554 V1D4 C0N57RU1ND0 4LGUM4 C0154 3 M415 C3D0 0U M415 74RD3, UM4 0ND4 P0D3R4 V1R 3 D357RU1R 7UD0 0 QU3 L3V4M05 74N70 73MP0 P4R4 C0N57RU1R. M45 QU4ND0 1550 4C0N73C3R 50M3N73 4QU3L3 QU3 73M 45 M405 D3 4LGU3M P4R4 53GUR4R, 53R4 C4P42 D3 50RR1R! S0 0 QU3 P3RM4N3C3 3 4 4M124D3, 0 4M0R 3 C4R1NH0.

0 R3570 3 F3170 D3 4R314

quinta-feira, 10 de maio de 2007

Bjork...a Única, Volta.

Bjork incrivelmente de VOLTA. Ela que odiou trabalhar com um "Napoleão Bonaparte" chamado Lars Von Trier, lançou esta semana o seu novo album: volta...deixo aqui uma breve mostra da ambiência poética que acompanha as sonoridades deste trabalho imperdível.

WANDERLUST I am leaving this harbour giving urban a farewell its habitants seem too keen on God I cannot stomach their rights and wrong I have lost my origin and I don't want to find it again rather sailing into nature's laws and be held by ocean's paws wanderlust! relentlessly craving wanderlust peel off the layers until you get to the core did I imagine it would be like this was it something like this I wished for or will I want more? lust for comfort suffocates the soul this relentless restlessness liberates me sets me free I feel at home whenever the unknown surrounds me I receive its embrace aboard my floating house wanderlust! relentlessly craving wanderlust peel off the layers until you get to the core did I imagine it would be like this was it something like this I wished for or will I want more? wanderlust! from island to island wanderlust! united in movement wonderful! I enjoy it with you wanderlust! wanderlust! can you spot a pattern? relentlessly restless restless relentlessly restless relentlessly can you spot a pattern? Pois...a problemática para uma tentativa de "padronização" é sempre digna de confusão para ela e para todos aqueles que se interessam pelo "human behaviour"...há sempre várias maneiras e muitas até contraditórias, entre si, de observar esse objecto, felizmente nenhuma alcança a plena exaustividade explicativa, se bem que a Bjork no que concerne à questão, tem se centrado ultimamente nos labirinticos processos da "noz" e da "casca da noz", mas isto com os óculos das neurociências postos por cima do narizito.

segunda-feira, 7 de maio de 2007

Aliviar os sintomas culturais da (homo)fobia

Segunda-feira passada estava eu enfileirada à beira rio, no trânsito local da cidade do Porto quando me dei por feliz de ouvir as constatações, no programa da Rádio Clube, do "trio gay" (Paulo Côrte Real - dirigente da ILGA Portugal / Rita Paulos- fundadora da rede Ex-Aequo e Sara, a respectiva companheira) no programa Janela Aberta, quinzenalmente organizado com este grupo para discutir os temas da actualidade. Aquilo que estava em debate era precisamente a igualdade de acesso ao casamento civil, proposta esta avançada pela Comissão de Projectos para as Comemorações do Centenário da Républica em 2010, presidida pelo jurista Vital Moreira. O contexto do Ano Europeu para a Igualdade de Oportunidades para Todos, que pretende, como objectivo amplo e geral, sensibilizar a população para os benefícios de uma sociedade mais justa e solidária, através da promoção da igualdade e da não discriminação - agenda que conta com seis áreas de discriminação que serão abordadas durante 2007 - parece o cenário ideal para defendermos o que de facto está reiterado alínea após alínea e que enforma os princípios gerais da constituição portuguesa, a saber convém de facto reforçarmos medidas para que os seguintes artigos sejam de facto executados, exercidos e plenamente reivindicados e defendidos:
  1. O artigo 13º defende que todos são iguais perante a lei e que todos partilham da mesma dignidade social, por isso ninguém pode ser privilegiado, beneficiado, prejudicado, privado de qualquer direito ou isento de qualquer dever em razão de ascendência, sexo, raça, língua, território de origem, religião, convicções políticas ou ideológicas, instrução, situação económica, condição social ou orientação sexual.
  2. O artigo 26º defende que a todos são reconhecidos os direitos à identidade pessoal, ao desenvolvimento da personalidade, à capacidade civil, à cidadania, ao bom nome e reputação, à imagem, à palavra, à reserva da intimidade da vida privada e familiar e à protecção legal contra quaisquer forma de discriminação.
  3. o artigo 36 º completa neste sentido que todos têm direito de constituir família e de contrair casamento em condições de plena igualdade.
Parece-me que os artigos que revisei aqui colocam desde logo uma série de claras e evidentes desarticulações à condição vivida por aqueles que não partilham as hegemónicas referências heterossexuais. Porque aos problemas que as pessoas LGBT sentem pela opressão real e simbólica constante do meio que resulta muitas vezes em problemas de desadaptação familiar, isolamento social, instabilidade emocional, etc, devem as instituições ter a obrigação de responder com medidas efectivas e legitimas que possibilitem uma visibilidade sustentada de todos os que se identificam como sendo não heterossexuais, garantindo assim meios que impossibilitem a perpetuação de atitudes e actos discriminatórios. Assegurar todos os direitos acima referidos passa imprescindivelmente pela aquisição de um espaço na lei vigente que permita que o casamento civil seja livremente celebrado entre duas pessoas do mesmo sexo. Afinal se sabemos que a sexualidade - tal como todo o real na sua dimensão humana (aliás só na qualidade de humanos é que equacionamos esta palavra) - é socialmente construída e que condições e necessidades precisas, históricas e sociais, naturalizaram a heterossexualidade como única possibilidade patologicamente isenta e existente de amar e ser amad@, estão então actualmente reunidos os conhecimentos comuns necessários que esclarecem que a realidade e/ou natureza é per si diversa, multidimensional e intrinsecamente complexa, e que em sociedades secularizadas e relativamente afastadas dos dogmas (como a nossa), fica por conseguinte o reducionismo ideológico como uma hipótese que para além de obsoleta, tristemente desumanizante, principalmente quando proclamada por assumidos republicanos antifascistas.

domingo, 29 de abril de 2007

Dia Mundial da Dança com Bill T. Jones

O discurso em volta de uma metafísica da experiência artística sempre foi (re)conhecido...mas por vezes esquecemo-nos que a transcendência não acontece somente na apoteose do trabalho criativo, mas assume o seu pleno sentido quando o espectador comunga com a criação. A dança é para mim, uma das artes mais privilegiadas por conceder no seu espaço uma série de interacções jogadas a solo, a duo ou em grupo onde o corpo protagoniza o papel principal e, muitas vezes destituído do verbo, alcança de forma muito subliminar a critíca social vis a vis do outro, oferece por isso, ao estar nas margens da linguagem verbal outras formas de pensar...diria até outras formas de sentir o raciocínio. A companhia Bill T. Jones/Arnie Zane estará em Serralves, no próxima dia 2 de Maio ( não percam é já esta quarta-feira e INFELIZMENTE eu vou estar a trabalhar...ainda estou a pensar surpreender a entidade patronal com uma inesperada dor de dentes, po isso nada de desesperar ...lol). Dia 4 e 5 de Maio estará no CCB com apresentação de Blind Date onde se questionam os valores do patriotismo americano, da honra e dos sacríficios em nome de valores supra-individuais, vem igualmente por esta altura marcar uma restrospectiva da história da companhia que irá este ano comemorar o seu 25º aniversário.

segunda-feira, 23 de abril de 2007

De Marianne a Ségolène...

"Il n´y a pas de progrès economique sans développement social"...foi este momento discursivo (de natureza pró-apelo ao voto do eleitorado de esquerda) que me reteve o ouvido. Numa Europa de políticas "pró-neo-liberais" e numa França em periodo de eleições vemos a palavra "crescimento" substituída por "progresso" num claro acento de inversão aos princípios economicistas...estive para ilustrar este post com o quadro do Delacroix - a Liberdade, personificada por uma mulher , destemida, determinada, a embandeirar as cores gaulesas e a liderar o povo mas contive-me ...a Ségo tb nunca disse que estaria a postos para a próxima Internacional, mas estará preparada para Sarkozy. Interessante também foi constatar como se distribuiu geograficamente o voto dos franceses nesta 1ª volta.

Post-Scriptum

Que bom voltar ao rosa do meu blogue depois de tantos meses de abandono...seguirei com os meus comentários sobre as coisas do mundo e sobre este mundo de coisas muito brevemente. Entretanto deixo esta imagem do artista japonês Iso Shintsu que nos presenteia o olhar com um ingresso à cultura tradicional japonesa sob um título bastante sugestivo : Facing the Mirror.